sexta-feira, 10 de setembro de 2010

i fuckin think too much

Hoje penso em ti com a certeza, porém, que amanhã não pensarei…

Sabes, hoje é um dia diferente, e como em todos os dias diferentes o divertido é nem sequer olhar para trás e deixarmo-nos ir...pela corrente, pelas pessoas que passam atarefadas e que não querem chegar atrasadas ao trabalho.

Hoje és tu, outra vez, mas hoje é essa mesma última vez, pois amanhã não haverá mais nenhuma, amanhã é o primeiro dia do resto de alguma vida, não da minha que já sabe o quanto gosta de ti e o quanto lhe dás para trás…talvez seja tarde para te dizer que te amo?! Se calhar o mais acertado é ficar calado e pensar que talvez já seja tarde demais, e não é?

Admito que as vidas amestradas por ti são pérfidas e jamais conseguirão chegar-me aos calcanhares, mas mesmo assim gosto dos teus olhos, da tua boca, do teu cabelo, da tua barriga, das tuas costas, das tuas pernas, dos teus pés, de ti, do teu cheiro, da tua personalidade e das vezes que te beijei...e o sabor a pêssego ainda me refresca com o mesmo poder todas as manhãs,,,ainda odeio esse fruto, mas quando lá estava…estava bem.

Continuo com o meu olhar jovem e inquieto a dissecar fotografias em que apareces, sempre sorridente e com motivos alegres, suficientes para ir à Lua e voltar, sempre com combustível para mais uma volta, como dizias sempre: "Só mais uma vez?".

Continuas a olhar para mim nessas fotografias em que parece que o Mundo vai acabar a qualquer momento e que temos de aproveitar ao máximo para sermos felizes naqueles segundos de vida que temos.

Hoje penso em ti com toda a certeza que acabarei por pensar em ti amanhã e depois de amanhã e depois depois de amanhã, porque por mais que eu tente TU não sais daqui…não sais…e desculpa ter de te dizer isso, mas é exactamente ISSO que acontece, ainda oiço a tua respiração quente e limpa a percorrer-me a face enquanto dormias com a tua língua a milímetros da minha, eu lá ficava a olhar para aquilo que me fazia sentir como nunca me tinha sentido antes: gritar, pular e sacudir toda aquela alegria e vida que saía de mim, e que escorregava por entre os dedos à medida que te ouvia, sentia, beijava, amava.

Hoje já não penso mais em ti porque acho que já pensei demais, mas espera para veres o que vou pensar amanhã de ti.