Continuaram a avançar pela estrada, sem olhar para trás…até que a dado momento.
-vira aqui…. – disse Rita – nessa cortada de terra batida - Rafael parou a carrinha. –então? O que é que se passa? - perguntou ela.
-porquê aqui? – perguntou ele com voz baixa olhando para a estrada à sua frente.
-porquê? - houve uma pausa - Não é suposto haver um porquê…né? ... O quê? Não…não me digas que estás com medo? – disse sorrindo.
Ele virou-se para ela e arrancou a fundo sem olhar por onde ia…
-engraçado…muito engraçado – disse ele já olhando para o caminho de terra batida.
-tem cuidado! O quê? - gritou ela com um sorriso nos lábios.
-teres escolhido este caminho…
A carrinha seguiu sempre em frente até chegar a um precipício. Lá em baixo as águas do lago batiam nas rochas afiadas e mais à frente via-se uma fogueira…eles estavam no “Lago”?
-estamos no “Lago”? – perguntou Rita.
-yap… - saíram da carrinha, caminharam um pouco e sentaram-se no chão, mesmo em frente ao precipício.
-mas…hoje é sábado…costuma haver festa à sexta… - disse Rita surpreendida por estar gente à volta da fogueira lá ao longe.
-eles costumam andar por aqui toda a semana…à sexta há mais gente…mas estam cá todos as noites, nem que sejam só meia dúzia. - disse Rafael com a voz triste olhando para o chão.
-nunca estive deste lado… - disse Rita
-nunca estive naquele lado…
-não estás a perder grande coisa…
-a sério? Pensava que eras a princesinha do “Lago”…
-o “Lago” está a tornar-se…aborrecido…é tudo acerca da maneira como te vestes, com quem andas… - Rita falava com desprezo.
-tudo informação essencial… - disse Rafael sorrindo, sempre sem olhar para ela.
-yap…podes crer… - silêncio – aqui em cima é tipo…”porque é que alguma vez eu me importei com essas coisas?” …percebes? – ele disse que sim com a cabeça.
Estava muito silêncio ali, naquele sítio. Ela olhava para ele e ele fingia que não se apercebia disso. Ela estava com uma cara confusa mas feliz.
-tu… - disse ela...mas parou...
-o quê? - perguntou ele de imediato.
-não te preocupas com o que os outros pensam…és apenas…tu… - olhou para ele...e ele olhou para ela mas logo de seguida voltou o olhar para a fogueira lá ao longe.
-sim…o que quer que isso seja – disse Rafael chutando uma pedra com o pé e dando um sorriso forçado.
-é uma coisa boa…é uma coisa muito boa… - disse ela com uma voz envergonhada. Houve mais um silêncio cortante…. – então e tu? Costumas vir aqui muitas vezes? - agora era ela que sorria forçadamente.
Ele abanou a cabeça concordando com o que ela acabara de dizer...sempre sem olhar para ela...
-fixe…encontrei o teu sítio secreto – disse ela sorrindo.
-eu não sei como o fizeste, a sério - disse Rafael interrompendo-a - …deves ser uma num milhão… - ficou a olhar para ela…ela parecia entender o que ele queria dizer...será que...
-coisas estranhas acontecem… - disse Rita para o ar...ficou a olhar para ele...ele olhou para ela...aproximou-se, tocou com a sua mão no pescoço suave dela...
...Beijaram-se.
Gosto muito ;) quero a contiunuação :D
ResponderEliminarObrigada :D quando é que eu leio mais da tua? :p
ResponderEliminarsabia que isso ia acontecer *-*
ResponderEliminarps. achei que a parte 18 era a última parte que você tinha postado, era pra eu comentar nessa aqui, hahaha
beijo!