Ele

                                                                                                               

                                                





                                                                  I'm not like them but I can pretend

The day is done and I'm having fun

                                                                                                                I think I'm dumb...

       


Quando te perguntarem como ele era, sorri e responde com um encolher de ombros.

    Um encolher de ombros que lhes mostre, sem qualquer sombra de dúvida, a dúvida que se mantém em colocar por palavras a luz, que aquele algo maior que ser, emanava.

    É uma mistura de sentimentos tão apaziguadora, não saber se é bom ou mau, ter a certeza da incerteza, de não existirem palavras que lhe assentem da forma como só ele as merece. 

    Triste, porque me é impossível voltar. Desejar partilhar, só mais uma vez, apenas uma réstia de luz fosca daquela presença calorosa. Um déjà-vu nauseante.

    Feliz, porque não há palavras que lhe cheguem aos calcanhares. Que brilhem como ele o fez, no meio do caos de um passado que sabe a outra vida.

    Triste, porque não vou conhecer mais nenhum Ele. Mais ninguém assim. Mais nenhum igual. Porque eram demasiadas as coisas que não faziam sentido de tão puras.  

    Feliz, porque conheci alguém assim. Porque são tão poucas as possibilidades de alguém tão estratosférico ter cruzado passos com os meus, ter feito dos sonhos dele os nossos. Dos meus os dele.


       A vela que se queimava para dar luz e calor aos demais.

Caminhar ao teu lado foi, para mim, uma das maiores aventuras. 


    E nos intervalos vou escrevendo, tropeçando em frases que odeio por não vibrarem como ele.

    E vou reparando que a cada texto se perde comprimento. Frases.

    Não porque não encontro as palavras certas para o descrever. Apenas porque sei, e creio sabê-lo há já algum tempo, que não as há.



...or maybe I'm just happy.


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