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Nostalgia

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    L utarei contra mim. Sempre.                    O s erros alimentam-me. Sabem-me bem.                     Sobremesas a abrir caminho pelo saciado. Agoniando e enterrando-me a realidade olhos adentro. Um oásis alcoolizado de sexta, disfarçado de ressaca dormente até domingo.   A sensação que escorre do meu cérebro para os meus dedos, pinga a folha e suja o chão. Quando a dou por terminada, preparando a inspiração mais saborosa de sempre, sou visitado por tonturas impossíveis. Depois só me resta aguardar que o positivo regresse, de forma a destruir esta droga invisível a que chamo Nostalgia, suplicando que não demore tanto como da última vez. É o sadomasoquismo a entrar e o sadomasoquista a sair.                     É s aber que amo escrever e que toda a tinta me é verdadeira, sem um...

Ele

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                                                                                                                                                                                                                                                              ...

Tudo cinza

O texto que se segue será preenchido por confusão abstrata e frases soltas. E, embora me baste fechar os olhos para que a pessoa me apareça à frente, não vou parar uma única vez para rever o que for escrevendo.  Neste momento, é-me incrivelmente essencial encontrar a escrita que fui perdendo ao longo dos anos e divagar sem rumo sempre me levou mais longe. Sem mais demoras, obrigado por  existires . Tenho tanta pena de não conseguir escrever o que quero. De que cada palavra que sai nunca ser a que devia ter saído.  E toda a procura pelo texto perfeito acaba fechada numa gaveta que eu cá tenho, com letras apertadas e guardadas para momento nenhum. Apontadas para paredes que nunca serão mais do que isso. Para quê escrever, então? Principalmente quando algo perfeito merece apenas aquilo que é? Que direito tenho eu de enterrar sentimentos foscos em palavras ocas que nunca saberão aguentar o peso dos arrepios que me dás? são os olhos dela Eu amo alguém sem saber porquê. Aquela ...

Saudade

                                                                                                    I nspiro e dou vontade aos dedos. Talvez tudo possa ser explicado facilmente e o vazio que sinto seja, nada mais, nada menos, do que uma reunião de todos os problemas que moram na minha cabeça, os físicos. Mas não me cai bem, sinto que paira algo mais. Uma aliança inquebrável entre tudo isso e os demónios que só eu cumprimento e que partilham comigo espaço e tempo. Alguns já nem me respondem, de tão seco que me fui habituando a ser. Devorado aos poucos, mastigado ano após ano, segundo após segundo, saliva ácida a desintegrar restos de sentimentos. E nada mais resta a não ser uma carapaça do que...